POR QUÊ ESPÍRITO DE GRATIDÃO ??

É POR TER TÃO POUCO A PEDIR, TANTO A OFERECER E AGRADECER. CONTRIBUINDO TAMBÉM, PARA QUE AS PESSOAS POSSAM APRENDER ESTA MARAVILHOSA FILOSOFIA DE VIDA E PRATICAR O VERDADEIRO ENSINO DO BUDISMO DE NITIREN DAISHONIN.

GONGYO FÁCIL DE PRATICAR ! ( Clique na imagem e ouça o Gongyo ).

EXCELENTE EXPLICAÇÃO RESUMIDA SOBRE O BUDISMO

MEUS TRÊS GRANDES MESTRES DA VIDA

MEUS TRÊS GRANDES MESTRES DA VIDA

BUTSUDAN - GOHONZON

GOHONZON - EXPLICAÇÃO

Orientações da SGI Soka Gakkai International


"... A alegria genuína não está em simplesmente ser capaz de evitar ou escapar de seu próprio sofrimento, mas para libertar os outros de seu sofrimento. Em outras palavras, o maior valor na vida reside no desejo de viver e trabalhar para o benefício de outros. termos Budismo este o desejo dos bodhisattva voto. "

tempo de vida[John Woodcock / Getty Images]

Budismo tradicionalmente oferece duas grandes formas de compreender a vida útil de uma pessoa. Uma delas é que tudo sobre a nossa vida, desde o nascimento até a morte, é determinada pelo karma, os efeitos de causas feitas em vidas passadas e, até este ponto. Uma maneira virtuosa da vida teria criado as causas a serem nascidos em circunstâncias agradáveis ​​e desfrutar de uma vida longa. As ações destrutivas e prejudiciais, por outro lado, diminuir a vitalidade, encurtando o tempo pode-se desfrutar a vida como um ser humano.

Em muitas tradições budistas, porque nascimento neste mundo impuro é em si considerada como uma forma de sofrimento, o objetivo é purificar a própria vida e karma até que se possa escapar completamente o ciclo de nascimento e morte.

De outra perspectiva, no entanto, a alegria genuína não está em simplesmente ser capaz de evitar ou escapar de seu próprio sofrimento, mas para libertar os outros de seu sofrimento. Em outras palavras, o maior valor na vida reside no desejo de viver e trabalhar para o benefício de outros.Termos Budismo este desejo o "voto bodhisattva", e é essa motivação que determina a natureza eo curso de nossas vidas.

O voto bodhisattva poderia ser descrito como o ímpeto original de nossas vidas. Prática budista é uma forma de "lembrar-se" este voto, de gravar-lo cada vez mais fundo em nossos corações.

O capítulo "Esperança de vida" do Sutra de Lótus, partes da qual são recitados diariamente pelos membros da SGI ao redor do mundo, esclarece que a natureza de Buda - a lei universal, ou dharma, para a qual o Buda despertou - é inerente a vida de todas as pessoas. Esta natureza de Buda é a essência da vida, e para despertar a ele é a despertar para o aspecto eterno de nossas próprias vidas.

A partir desta perspectiva, a nossa essência original é pura e imaculada, mas de bom grado assumir o carma negativo, optando por ter nascido em circunstâncias difíceis ou com vários desafios físicos ou psicológicos, a fim de dar esperança a outros por triunfar sobre essas dificuldades. Ao mostrar a prova do poder inerente de nossa humanidade a superar o sofrimento, nós abrimos o caminho para os outros a fazer o mesmo. Da mesma forma, somos capazes de dar apoio topeople reais que sofrem de dificuldades semelhantes. Em cada nova vida, mais uma vez despertar para o nosso voto original e com alegria abraçar quaisquer desafios que ela nos apresenta.

Tal despertar transforma a nossa experiência de vida a partir de um ciclo de sofrimento a um dos missão.

De acordo com esse entendimento, até mesmo uma vida curta pode criar valor duradouro na vida daqueles com quem se está conectado. Uma criança que morre jovem, por exemplo, pode inspirar os pais a pensar profundamente sobre a natureza da vida, levando-os a viver mais propositadamente.

Não é, portanto, simplesmente o comprimento do próprio tempo de vida que determina o valor de uma vida, mas a medida em que somos capazes de criar valor positivo, melhorando a nossa própria felicidade ea de outras pessoas.

Mais do que simplesmente uma crença intelectual ou compreensão, um despertar para a natureza eterna de nossas vidas é sentida como uma profunda sensação de confiança em face de desafios constantes e inevitáveis ​​da vida.

Tal consciência não remove-nos das realidades difíceis de viver e morrer, mas nos capacita a enfrentá-los com renovada coragem e confiança. Como Nitiren descreve, somos capazes de repetir o ciclo de nascimento e morte segura sobre a "terra" da nossa natureza iluminada intrínseco.

A crença na natureza eterna de nossas vidas não diminui o significado da nossa vida presente, que o budismo vê como infinitamente precioso. O budismo ensina, ao contrário, que devemos nos esforçar para viver tanto tempo quanto possível, para cada dia apresenta novas oportunidades para prosseguir uma maneira nobre e contributiva de vida. É quando vivemos com uma dedicação a esse ideal de que somos capazes de trazer o brilho de nossa humanidade, alargar o nosso tempo de vida e aproveitar a existência mais gratificante e significativa.

[Outubro 2012 Cortesia SGI Quarterly ]



“ A VIDA NÃO ESTÁ ISENTA DE DESAFIOS E DIFICULDADES.
O QUE IMPORTA É ABRIR O CAMINHO ATRAVÉS DOS PROBLEMAS
E CONSTRUIR UMA FORTE PERSONALIDADE.”

História do Budismo de Nitiren Daishonin

História do Budismo de Niiren Daishonin

História do Budismo de Nitiren Daishonin

História do Budismo de Nitiren Daishonin

O caminho para a felicidade não é reto,

existem curvas chamadas Equívocos,

existem semáforos chamados Amigos,

luzes de precaução chamadas Família,

que ajudará muito a ter no caminho uma

peça de reposição chamada Decisão,

um potente motor chamado Amor,

um bom seguro chamado Determinação,

abundante combustível chamado

Paciência, mas principalmente, um

maravilhoso Condutor chamado Inteligência.

2 de julho de 2013

BUDISMO Nitiren, a religião do Futuro !

6 comentários:

  1. Quando um praticante tem um incêndio em sua casa e o pergaminho se foi no incêndio ,o que vc me diz a respeito de uma orientação,tipo ele é discriminado,as pessoas do budismo sumiram de minha residência,e as que eu procurei me trataram super bem até saber a história,me ignoraram,porque o medo, porque o preconceito respeitando o pergaminho ,mas p verdadeiro goronzon só pode habitar em pessoas comuns,não tenha medo de me responder eu só quero entender o que acontece

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    Respostas
    1. ser a vida é atingir o estado de budha.ser luz e mais nada... emanar vida pela vida... onde voce não mais sofre e nem procura felicidade... voce é vida além de tudo e do todo..incognocivel e sem exitência ... pois serás o âmago ...idescritivel do não ser...no patamar silencioso... e profundo de onde veio...

      Excluir
    2. Onde tudo que importa hoje se dissolve ...na luz.... projetando novos caminhos indescritiveis ...e mercados com teu amor...

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  2. ser a vida é atingir o estado de budha.ser luz e mais nada... emanar vida pela vida... onde voce não mais sofre e nem procura felicidade... voce é vida além de tudo e do todo..incognocivel e sem exitência ... pois serás o âmago ...idescritivel do não ser...no patamar silencioso... e profundo de onde veio...

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SUTRA DE LÓTUS - (TRADUÇÃO)

Nam Myoho Renge Kyo ( Daimoku )

SGI - SOKA GAKKAI INTERNACIONAL (EXPLICAÇÃO)

FAÇA ISSO !!

" Tenha sempre bons pensamentos, porque os seus pensamentos se transformam em suas palavras."
"Tenha sempre boas palavras porque as suas palavras se transformam em suas ações.
"
"Tenha boas ações porque as suas ações se transformam em hábitos."
"Tenha bons hábitos porque seus hábitos se transformam em valores."

"Tenha bons valores porque seus valores se transformam no seu proprio destino!"

(Literalmente, isto significa, CAUSAS E EFEITOS.)

PENSANDO BEM...

"É muito fácil sermos fortes quando estamos em meio a muitas pessoas, quando as coisas estão indo bem, caminhando conforme nosso desejo.

A grande dificuldade é mantermos a nossa determinação firme quando tudo caminha para um rumo não esperado ou quando estamos sozinhos.

Nitiren Daishonin nos ensina que quando as pedras caírem na nossa cabeça, precisamos ter força para ficar de pé, e fazer delas a escalada para a nossa evolução, para o nosso desenvolvimento.

A prática budista é justamente para o fortalecimento pessoal, para nos manter firmes e fortes diante das pedras que surgirem no nosso caminho.

QUANTO MAIORES AS DIFICULDADES, MAIS FORTES DEVEREMOS SER ! "

(Brasil Seikyo/ 2006 n. 42)

LIÇÃO DE VIDA. (Clicar na seta)

LEI DE CAUSA E EFEITO

Existe uma lei no Universo que rege a tudo e a todos, esta lei é a Lei de Causa e Efeito.

Tudo que acontece no mundo é regido pela Lei de Causa e Efeito: os planetas, as galáxias, as pessoas, as pedras, cada átomo que existe no Universo.

A Lei de Causa e Efeito é extremamente rigorosa, as causas que fazemos, boas ou más vão formando nosso carma.

Se você acredita nessa maravilhosa lei, seja bem vindo!

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O CARMA

O carma é a soma todas as causas que fizemos em nossas existências. As causas podem ser negativas ou positivas. Se desfrutamos de conforto e felicidade ou se estamos sempre com problemas, isso depende das causas que fizemos e que estamos fazendo no momento.

Assim como o imã atrai o ferro, somos atraídos pelo nosso bom ou mau carma, a manifestação do carma só depende de uma coisa: Circunstância.

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A CIRCUNSTÂNCIA

O nosso carma é latente, ele só se manifesta quando existe a circunstância apropriada.

Citando um exemplo: uma pessoa que comete roubos e assassinato; mesmo que viva uma vida normal e morra de velhice, ela carregará esta causa através de suas próximas existências até que surja uma circunstância apropriada para receber os efeitos. Se você possui causa para se tornar rico ou se tornar um mendigo, esta causa ficará latente até que surja a circunstância adequada para receber o efeito. A eternidade da vida.

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A ETERNIDADE DA VIDA

"A nossa vida é eterna e nós estamos nascendo e morrendo constantemente."

Ora nossa vida toma a forma de um corpo físico, (nascemos), ora se funde com o universo (morremos), quando surgem as circunstâncias certas, nós nascemos, sempre de acordo com as nossas causas. A nossa conduta hoje interfere diretamente no nosso destino futuro.

Exemplo: Uma criança nasceu cega: como poderia um recém-nascido ter feito causas negativas se acabou de nascer? este caso explica a eternidade da vida, esta criança trouxe causas de vidas passadas que possibilitaram a ela nascer nestas condições.

O que faz com que pratiquemos boas ou más ações são as manisfestações dos dez estados de vida.

OS DEZ ESTADOS DE VIDA

Quando você está andando na rua com um grande problema para resolver e observa uma pessoa andando tranquilamente, logo imagina "como queria estar tranqüilo como esta pessoa, estamos tão próximos um do outro, mas parecem que vivemos em mundos diferentes!"

No budismo não existe um céu ou um inferno, manifestamos estados de vida: partilhamos o mesmo espaço físico, mas nosso eu interno pode estar em paz ou em guerra. É como se vivêssemos em mundos diferentes.

( LEIA OS DEZ ESTADOS DE VIDA, LOGO ACIMA. )

O QUE SIGNIFICA "NAM-MYOHO-RENGUE-KYO"?

NAM MYOHO RENGUE KYO é a expressão da verdade máxima da vida e também evidencia sua realidade essencial.

"NAM" - Deriva do sânscrito e significa devotar ou relação perfeita da vida do ser humano com a verdade eterna, ou seja, dedicar a própria vida ou relacionar-se com a verdade eterna da vida. Também significa acumular infinita energia por meio da recitação e agir de forma positiva para aliviar o sofrimento dos outros.

"MYOHO" - Literalmente significa Lei Mística. "Myo" significa místico e não tem nada a ver com milagre. É assim chamado porque o mistério da vida é de inimaginável profundidade e portanto está além da compreensão das pessoas. "Ho" significa lei. a intrínseca natureza da vida é tão mística e profunda que transcende o âmbito do conhecimento humano.

"RENGUE" - É a lei de causa e efeito. O budismo vê essa lei em todos os fenômenos do universo e a simboliza pela flor-de- lótus, que produz a semente (causa) e a flor (efeito), simultaneamente.

"KYO" - Significa Universo e também a função e a influência da vida, como também a transformação do destino, simbolizando a continuidade da vida através do passado, presente e futuro.

A invocação do NAM –MYOHO- RENGUE- KYO é a exata essência do Budismo de Nitiren Daishonin.

NOSSAS VIDAS IDÊNTICAS AO UNIVERSO.

O Budismo de Nitiren Daishonin ensina que a nossa existência é idêntica ao Universo como um todo e o Universo como um todo é idêntico à nossa existência. Cada vida humana individual é como um microcosmo.
A prática do Gongyo é um grande e nobre rito para se atingir a comunicação vital do microcosmo de cada pessoa com o Universo, baseando-se no Gohonzon.
A correspondência de cada parte de nosso corpo com as partes do Universo, é a prova de que a nossa existência é um microcosmo.
Nossas cabeças são redondas assim como o céu acima de nós é redondo. Nossos olhos são como o Sol e a Lua, nos os fechamos e os abrimos, assim como o dia e a noite.
Nossos cabelos brilham como as mais brilhantes estrêlas e nossas sombrancelhas são como as sete estrêlas da Ursa Maior.
Nossa respiração é como o vento e a silenciosa respiração ´de nossas narinas é como o tranqüilo ar dos vales.
Há cerca de 360 junções no corpo humano, tanto quanto os dias do ano.
O calor dos órgãos dianteiros de nosso corpo, nosso abdômen e estômago, são como a primavera e o verão. O frio e a solidez de nossas costas, são como o outono e o inverno.
Nossos vasos sangüíneos e artérias são como as correrntes dos rios. Quando sofremos uma hemorragia cerebral, é como se um dique fosse rompido.
Nossos ossos são como as pedras e nossa pele e músculos são como a terra. Nosso couro cabeludo é como uma floresta.
As escituras budistas discutem em detalhes essas correspondências, incluindo cada órgão interno, ensinando que nosso corpo é realmente um Universo em miniatura.
O Universo e o indivíduo são apenas um, dentro da Lei Mística que é o Nam-Myoho-Rengue-Kyo.
Sob certas circunstâncias, uma Lei invisível toma forma sob uma existência visível. A existência humana por exemplo, emerge do seu estado de fusão com o resto do Universo, tomando forma no ventre materno e nascendo neste mundo.
Um navio pode ser considerado como uma forma de representação tangível das Leis de flutuação, assim como um avião é uma representação das Leis da aerodinâmica ou como o rádio ou uma trelevisão, são uma representação das Leis das ondas magnéticas. Todos eses objetos, dão forma às Leis invisíveis.
A Lei fundamental do Universo e da existência individual é também invisível. Daishonin, inscreveu o Gohonzon como uma representação visual da Lei Místíca para as pessoas de todo o mundo. O Sutra-de-Lótus e as escrituras budistas são como manuais de instrução para o Gohonzon.
Jossei Toda, meste de Ikeda, explanou o Gohonzon numa maneira facilmente compreensível, considerando-o "uma máquina de produzir felicidade".
Quando praticamos o Gongyo e recitamos o Daimoku diante do Gohonzon, nossa existência individual fica perfeitamente em harmonia com o Universo.
Tanto o Universo como nossa existência individual, são uma concreta manifestação do Nam-Myoho-Rengue-Kyo, como também do Gohonzon. Eis porque quando praticamos o Gongyo e recitamos o Daimoku com fé no Gohonzon, nossa existência e o Universo se encaixam perfeitamente como duas engrenagens e com um estímulo inicial começam a trabalhar juntas.
Se os senhores deixarem um automóvel ou qualquer outra máquina cair em desuso, ele enferrujará e parará de trabalhar corretamente. Os senhores têm que usá-lo e mantê-lo regular e apropriadamente. O mesmo também é verdade com os cabelos de nossas cabeças: se não lavarmos regularmente, ficaremos encrustados de caspas!
Se não praticarmos o Gongyo, o títimo de nossas vidas ficará desregulado, assim como uma máquina que não é lubrificada, enferrujará.
O Gongyo e a recitação do Daimoku são como a partida do motor do automóvel que guia rumo à felicidade e à verdade.
Assim fazendo dia após dia, os senmhores gradualmente atingirão uma perfeita unidade com o Universo e a Lei. Esse estado é o Estado de Buda.





BUDA E DEUS (Visão Budista)

Geralmente, tudo que é diferente ao que as pessoas estão acostumadas é, a princípio, REJEITADO ou visto com NEGATIVIDADE. O presidente Makiguti dizia: “NÃO JULGUE O DESCONHECIDO.” É isso o que acontece com o budismo. Devido o Brasil ter sua cultura arraigada na TRADIÇÃO CRISTÃ, o budismo, desconhecido pela maioria, é visto com reservas e muitas pessoas pensam que, por não falar em Deus, conforme a concepção que têm, não é uma religião correta, muito menos deve ser seguida.

Outro fator que ajuda a complicar é que, por existir muitas RAMIFICAÇÕES do budismo, os não-budistas acreditam que todos os tipos de budismo são iguais. Normalmente, os meios de comunicação fazem essa confusão, como aconteceu recentemente com uma revista de circulação nacional.

Algumas vezes, quando iniciamos um Chakubuku, (iniciantes na prática do budismo), de início somos questionados da seguinte forma: “Vocês acreditam em Deus?” Muitos de nós já viveram essa experiência, e por mais que tentemos explicar, a maioria das pessoas diz: “Mas eu não quero deixar o meu Deus!” Por isso, hoje, ABORDAREMOS ESSE PONTO.

Inicialmente, é bom esclarecermos que Buda NÃO É DEUS. A palavra “buda” significa “o iluminado”. Ou seja, um Buda é aquele que se iluminou para a verdade da vida. “Ismo”, de budismo, é um sufixo que significa “doutrina, escola, teoria ou princípio artístico, filosófico, político ou religioso.” Cristianismo refere-se aos ensinos de Cristo e budismo, aos ensinos de Buda.

Segundo Bryan Wilson, uma das maiores autoridades em religião do Ocidente, A PALAVRA DEUS ou SENTIMENTO RELIGIOSO, surgiu para EXPLICAR O INEXPLICÁVEL — os fenômenos da natureza, que para as pessoas não têm uma explicação racional.

Assim, para o cristão, o “inexplicável”, ou os fenômenos do universo, é atribuído a Deus, que vive no céu e dita as regras da Terra. Ele criou todo o universo, o homem, o sol, a lua, as estrelas, as plantas, os animais etc. e possui imensa benevolência e compaixão pela humanidade. No entanto, as pessoas colocam Deus em dois extremos: por um lado Ele possui um amor incondicional para com as pessoas, por outro É UM SEVERO PUNIDOR e o sofrimento das pessoas é desígnio de Deus. Tanto é que todos conhecem as famosas frases: “Deus quis assim!”; “Esse é o destino que Deus me deu!” Entre outros.

Nos ensinamentos budistas, os fenômenos ou o que se classifica como "INEXPLICÁVEL, são atribuídos a uma Lei que rege o universo. Essa Lei é denominada NAM-MYOHO-RENGUE-KYO.

Vamos abrir um parênteses aqui para explicar que o Gohonzon também NÃO É DEUS. O Gohonzon é nosso objeto de DEVOÇÃO, diante do qual conseguimos CONCENTRAR nosso pensamento nessa Lei universal e fazer com que ela se manifeste profundamente em nossa vida.

Muitas vezes, por termos sido criados numa sociedade cristã em que aprendemos a atribuir tudo a Deus, acabamos nos expressando da seguinte forma: “Se o Gohonzon quiser!”, “Graças ao Gohonzon!”, “Vá com o Gohonzon!” e “Jogue nas mãos do Gohonzon”. Para nós, budistas, o ser humano POSSUI UM GRANDE POTENCIAl POR SI SÓ, pois ele faz PARTE DO UNIVERSO. Todas as suas conquistas estão arraigadas em sua determinação, esforço e sabedoria associados à fé na Lei Mística. Não existe alguém determinando sua condição de vida de felicidade ou sofrimento.

Segundo os ensinamentos budistas, tudo na vida é regido pela LEI DE CAUSA E EFEITO existente no universo. Os sofrimentos e a felicidade existem na vida de cada pessoa e se manifestarão de acordo com a FORÇA POSITIVA OU NEGATIVA que cada um carrega. Se a força negativa for mais poderosa — força essa criada pelas causas negativas acumuladas — a pessoa sofre. Do contrário, se a positiva for mais forte — gerada pelas causas positivas feitas pela própria pessoa —, ela é feliz. A Lei que rege o universo não é punitiva. Ela é JUSTA, RIGOROSA e benevolente, pois cada pessoa COLHE O QUE PLANTOU.

O importante em cada religião é o RESPEITO MÚTUO. Desconsiderar a existência de Deus para um cristão por sermos budistas é desrespeitar a pessoa e sua fé.

Na Nova Revolução Humana, o presidente Ikeda escreveu: “Para criar uma era de paz é necessário e imprescindível o diálogo entre os religiosos... É preciso iniciar o diálogo entre budistas e cristãos, budistas e judeus, budistas e islamitas. Mesmo que as convicções religiosas sejam diferentes, creio que todos acalentam o ideal comum de paz e felicidade da humanidade... Eu penso que as religiões, em vez de guerrearem entre si, deveriam disputar a corrida para o bem... uma disputa entre as religiões no contexto do que estão fazendo para o bem da paz, para o bem da humanidade. É uma corrida humanitária... que conduz tanto a si como os outros para a felicidade. Isto pode ser disputado de várias formas. Por exemplo, na criação de excelentes valores humanos que contribuam para a paz do mundo ou na promoção de movimentos que proporcionem coragem e esperança para as pessoas.” (Vol. 5, págs. 87–88.)

Com base nesses pontos, vamos estudar o budismo para que possamos defender nossa fé convictamente, sem, no entanto, desrespeitar a fé dos outros.

GOHONZON -

O SUPREMO OBJETO DE DEVOÇÃO

O Supremo Objeto de devoção do Budismo é o Gohonzon, um pergaminho escrito por Nitiren Daishonin,o Buda de nossos dias, e deixado para toda a humanidade, neste pergaminho estão descritos todos os aspectos da vida do Buda e como ele atingiu a iluminação.Os praticantes oram concentrados no Gohonzon, ele é como se fosse um espelho de nossa própria vida, uma vez que todas as coisas vivas possuem o Estado de Buda. Oramos para polir este espelho, perceber que nós somos Budas e possuímos latente em nós, toda a sabedoria do universo.Quando se ora ao Gohonzon não se busca um poder fora de si, mas sim manifestar todo o poder e sabedoria inerente a sua própria vida. O praticante que ora com espírito sincero, ciente de que seus problemas tem origem em suas más ações provenientes do passado, pedindo perdão à lei de causa e efeito pelos seus maus atos, poderá amenizar ou mesmo suprimir os efeitos de seu mau carma. A recitação do Nam-myoho-rengue-kyo é feita direcionada ao Gohonzon.

SUTRA-DE-LÓTUS (TRADUÇÃO)

JUZU - EXPLICAÇÃO. (Clicar na seta)

Seguidores

TRADUÇÃO DO SUTRA DE LÓTUS

Myoho-renge-kyo Sutra de Lótus

Ho-ben-pon-dai-ni Capítulo Hoben (Meios)

Niji sesson — Nesse momento

Ju sanmai — o Buda levantou-se

Anjo ni ki — serenamente de sua meditação

Go shari-hotsu — e dirigiu-se a Sharihotsu, dizendo:

Sho-bu-ti-e — "A sabedoria dos Budas.

Jinjin muryo — é infinitamente profunda e imensurável.

Go ti-e mon — O portal dessa sabedoria é difícil de se compreender

Nangue nannyu — e difícil de se penetrar.

Issai shomon — Nem os homens de Erudição

Hyaku-shi-butsu — e nem os de Absorção

Sho-fu-no-ti — poderão compreendê-la."

Sho-i-sha-ga — Esta é a arazão.

Butsu-zo-shingon — O Buda é aquele que serviu a centenas

Hyaku-sen-man-noku —a milhares, a dezenas de milhares,

Mushu-sho-butsu — a incontáveis budas

Jin-gyo-sho-butsu — e executou um número incalculável de práticas religiosas.

Muryo-doho — Ele empenha-se corajosa e ininterruptamente

Yumyo-shojin — e seu nome é universalmente conhecido.

Myosho-fu-mon — Um Buda é aquele que compreendeu a Lei insondável

Joju-jinjin — e nunca antes revelada,

Mi-zo-u ho — pregando-a de acordo

Zui-gui-sho-setsu — com a capacidade das pessoas,

Ishu-nangue — ainda que seja difícil compreender a sua intenção.

Shari-hotsu — Sharihotsu

Go-jo-ju-butsu-i-rai — desde que atingi a iluminação

Shu-juin nen — tenho exposto meus ensinos

Shu-ju-hi-yu — utilizando várias histórias sobre relações causais,

Ko-en-gon-kyo — parábolas e inúmeros meios

Mu shu-ho-ben — para conduzir as pessoas

In-do-shu-jo — e fazer com que renunciem

Ryo-ri-sho-jaku — aos seus apegos a desejos mundanos.

Sho-isha-ga — Qual a razão disso?

Nyo-rai-ho-ben — A razão está no fato de o Buda

Ti-ken-ha-ra-mitsu — ser plenamente dotado dos meios

Kai-i-gu-soku — e do paramita da sabedoria.

Shari-hotsu — Sharihotsu,

Nyo-rai-ti-ken — a sabedoria do Buda

Ko-dai-jin-non — é ampla e profunda.

Mu-ryo-mu-gue — Ele é dotado de imensurável benevolência,

Riki-mu-sho-i— ilimitada eloqüência,

Zen-jo - poder,

Ge-da - coragem,

San-mai — concentração,

Jin-myu-mu-sai ­­­­­­ __ liberdade e samadhis (meditação),

Jo-ju-i-sai - aprofundou-se no reino do insondável

Mi-zo-u-ho — e despertou para a Lei nunca antes revelada.

Shari-hotsu — Sharihotsu,

Nyo-rai-no — o Buda é aquele

Shu-ju-fun-betsu — e que sabe como discernir

Gyo-se-sho-ho — e expor os ensinos habilmente.

Gon-jin-nyu-nan — Suas palavras são ternas e gentis

E-ka-shu-shin — e podem alegrar o coração das pessoas.

Shari-hotsu — Sharihotsu,

Shu-yo-gon-shi — em síntese, o Buda compreendeu

Mu-ryo-mu-hen — perfeitamente a Lei ilimitada,

Mi-zo-u-ho — infinita

Bu-shitsu-jo-ju — e nunca antes revelada.

Shi shari-hotsu — Chega, Sharihotsu!

Fu-shu-bu-setsu — Não vou mais continuar pregando

Sho-i-sha-ga — Por quê?

Bu-sho-jo-ju — Porque a Lei que o Buda revelou

Dai-iti-ke-u — é a mais rara

Nan-gue-shi-ho — e a mais difícil de compreender.

Yui-butsu-yo-butsu — A essência real de todos os fenômenos

Nai-no-ku-jin — somente pode ser compreendida e partilhada entre os budas.

Sho-ho-ji-so — Essa realidade

Sho-isho-ho — consiste de:

Nyo-ze-so — aparência,

Nyo-ze-sho — natureza,

Nyo-ze-tai — entidade,

Nyo-ze-riki — poder,

Nyo-ze-sa — influência,

Nyo-ze-in — causa interna,

Nyo-ze-en — relação

Nyo-ze-ka — efeito latente,

Nyo-ze-ho — efeito manifesto

Nyo-ze-hon-ma-ku-kyo-to — e consistência do início ao fim.

Myo-ho-renge-kyo Sutra de Lótus
Nyo-rai-ju-ryo-hon, dai-ju-roku (Jigague, trecho do capítulo Juryo - revelação da vida eterna do Buda).

Ji-ga-toku-bu-rai — Desde que atingi o estado de Buda,

Sho-kyo-sho-ko-shu — infindáveis Kalpas
Mu-ryo-hyaku-sen-man — transcorreram.

Oku-sai-a-so-gui — Constantemente

Jo-se-po-kyo-ke — venho pregando, ensinando e propagando

Mu-shu-oku-shu-jo — a Lei a milhares de seres vivos,
Ryo-nyu-o-butsu-do — fazendo com que entrem no Caminho do Buda,

Ni-rai-mu-ryo-ko — e tudo isso durante intermináveis kalpas

I-do-shu-jo-ko — Como um meio hábil,

Ho-ben-guen-ne-han — aparento entrar no nirvana para salvar todas as pessoas.

Ni-jitsu-fu-metsu-do — Mas, na realidade, não entro em extinção.

Jo-ju-shi-se-po — Sempre estou aqui ensinando a Lei.

Ga-jo-ju-o-shi — Sempre estou aqui.

I-sho-jin-zu-riki — Porém, devido ao meu poder místico

Ryo-ten-do-shu-jo — as pessoas de mente distorcida não conseguem me ver

Sui-gon-ni-fu-ken — mesmo quando estou bem perto delas.

Shu-ken-ga-metsu-do — Quando essa multidão de seres vê que entrei no nirvana,

Ko-ku-yo-sha-ri — consagra muitas oferendas às minhas relíquias.

Guen-kai-e-ren-bo — Todos abrigam o desejo único e ardente de contemplar-me.

Ni-sho-katsu-go-shin — Quando esses seres realmente se tornam fiéis,

Shu-jo-ki-shin-buku — honestos, justos e de propósitos pacíficos,

Shiti-jiki-i-nyu-nan — quando ver o Buda é o seu único pensamento,

I-shin-yo-ken-butsu — não hesitando mesmo que isso custe a própria vida,

Fu-ji-shaku-shin-myo — então, eu apareço
Ji-ga-gyu-shu-so — junto à assembléia de discípulos

Ku-shutsu-ryo-ju-sen — sobre o Sagrado Pico da Águia.

Ga-ji-go-shu-jo — Nesse momento, digo à multidão de seres:
Jo-zai-shi-fu-metsu — eu sempre estou aqui, jamais entro em extinção..
I-ho-ben-ri-ko — No entanto, como um meio hábil,

Guen-u-metsu-fu-metsu — algumas vezes aparento entrar no nirvana.
Yo-koku-u-shu-jo — E outras vezes, não.

Ku-gyo-shin-gyo-sha — Quando em outras terras há seres

Ga-bu-o-hi tyu — que desejam respeitosa e sinceramente crer

I-setsu-mu-jo-ho — então eu também, junto a eles, pregarei esta Lei insuperável.

Nyo-to-fu-mon-shi — Porém, não compreendendo minhas palavras,

Tan-ni-ga-metsu-do — todos aqui insistem em pensar que eu morri.

Ga-ken-sho-shu-jo — Quando vejo os seres afogados

Motsu-zai-o-ku-kai — em um mar de sofrimentos

Ko-fu-I-guen-shin — eu não me exponho,

Ryo-go-sho-katsu-go — para dessa forma fazer com que anseiem contemplar-me.

In-go-shin-ren-bo — Então, quando seu coração se enche de ansiedade,

Nai-shitsu-i-se-po — finalmente apareço e ensino a Lei para eles.

Jin-zu-riki-nyo-ze — Assim são meus poderes místicos.

O-a-so-gi-ko — Por infinitas kalpas,

Jo-zai-ryo-ju-sen — sempre estive no Pico da Águia e em muitos outros lugares.

Gyu-yo-sho-ju-sho — Enquanto os seres presenciam

Shu-jo-ken-ko-jin — o final de um kalpa

Dai-ka-sho-sho-ji — e tudo é consumido em chamas

Ga-shi-do-an-non esta minha terra

Ten-nin-jo-ju-man — permanece segura e tranqüila

On-rin-sho-do-kaku — sempre cheia de seres humanos e seres celestiais.

Shu-ju-ho-sho-gon — Vários tipos de gemas adornam

Ho-ju-ta-ke-ka — seus corredores e pavilhões, jardins e bosques

Shu-ju-sho-yu-raku — Árvores preciosas dão flores e frutos em profusão,
Sho-ten-gyaku-ten-ku — sob as quais os seres vivem felizes e tranqüilos.

Jo- sa-shu-gui-gaku — As divindades fazem repicar os tambores celestiais interpretando,-

U-man-da-ra-ke — sem cessar, a música mais diversa. Uma chuva de flores de mandara cai

San-butsu-gyu-dai-shu — espalhando suas pétalas sobre o Buda e a grande assembléia.

Ga-jo-do-fu-ki — Minha terra pura é indestrutível,

Ni-shu-ken-sho-jin — porém, a multidão a vê
U-fu-sho-ku-no — consumir-se em chamas,

Nyo-ze-shitsu-ju-man — mergulhada em sofrimentos, angústia e temor.

Ze-sho-zai-shu-jo — Esses seres, devido a suas várias ofensas e causas

I-aku-go-in-nen — provenientes de suas más ações,
Ka-a-so-gi-ko — passam infinitas kalpas

Fu-mon-san-bo-myo — sem escutar o nome dos três tesouros.

Sho-u -hu-ku-doku — Mas os que praticam os caminhos meritórios,

Nyu-wa-shiti-jiki-sha — que são nobres e pacíficos, corretos e sinceros,

So-kai-ken-ga-shin — todos me vêem aqui em pessoa,
Zai-shi-ni-se-po — ensinando a Lei.

Waku-ji-i-shi-shu — Às vezes para essa multidão exponho

Setsu-butsu-ju-mu-ryo — que a duração da vida do Buda é imensurável;

Ku-nai-ken-bu-sha — e para aqueles que o vêem somente após um longo tempo

I-setsu-butsu-nan-ti — exponho o quanto é difícil encontrar-se com ele.

Ga-ti-riki-nyo-ze — O poder de minha sabedoria é tamanho

E-ko-sho-mu-ryo — que seus raios iluminam o infinito.
Ju-myo-mu-shu-ko — Minha vida, extensa como incontáveis kalpas,

Ku-shu-go-sho-toku ­­­­­__ resulta de uma prática muito longa.
Nyo-to-u-ti-sha — Homens de sabedoria,

Mo-to-shi-sho-gui — não abriguem nenhuma dúvida sobre isso!

To-dan-ryo-yo-jin — Livrem-se das dúvidas definitivamente,

Butsu-go-ji-pu-ko — pois as palavras do Buda são sempre verdadeiras, nunca falsas.

Nyo-i-zen-ho-ben — O Buda é como um excelente médico

I-ji-o-shi-ko — que se vale de meios hábeis

Jitsu-zai-ni-gon-shi — para curar seus filhos iludidos.
Mu-no-se-ko-mo — Embora na realidade esteja vivo, anuncia que entrou no nirvana.

Ga-yaku-i-se-bu — Porém, ninguém pode acusá-lo de mentiroso.

Ku-sho-ku-guen-sha Eu sou o pai deste mundo e salvo aqueles que sofrem e os que se encontram aflitos.

I-bon-bu-ten-do — Devido à ilusão das pessoas,

Jitsu-zai-ni-gon-metsu — apesar de eu estar vivo, anuncio que entrei no nirvana.

I-jo-ken-ga-ko — Pois se me vissem constantemente,

Ni-sho-kyo-shi-shin — a arrogância e o egoísmo tomariam conta de seu coração.

Ho-itsu-jaku-go-yaku — Ignorando as restrições, entregariam–se aos cinco desejos,

Da-o-aku-do-tyu — e cairiam nos maus caminhos da existência.

Ga-jo-ti-shu-jo — Estou sempre ciente de quem são as pessoas

Gyo-do-fu-gyo-do — que praticam o Caminho e as que não o praticam,

Zui-o-sho-ka-do — e, em resposta às suas necessidades de salvação
I-se-shu-ju-ho — ensino-lhes várias doutrinas.

Mai-ji sa-ze-nen — Medito constantemente:
I-ga-ryo-shu-jo — Como posso conduzir as pessoas

Toku-nyu-mu-jo-do — ao caminho supremo

Soku-jo-ju-bu-shin — para que atinjam imediatamente o Estado de Buda.

Texto Preleção dos capítulos Hoben e Juryo, Daisaku Ikeda

“Aqueles que creem no Sutra de Lótus são como o inverno; o inverno nunca falha em se tornar primavera. Desde os tempos antigos jamais se ouviu que o inverno tenha se transformado em outono ou que um devoto do Sutra de Lótus tenha se transformado numa pessoa comum” — este é um dos mais famosos trechos dos escritos de Nitiren Daishonin que tem servido de alento para inúmeras pessoas superarem suas dificuldades na jornada da vida em direção à felicidade. Esse trecho faz parte da carta escrita em 1275 para a monja leiga Myoiti que vivia em Kamakura. Era uma mulher instruída que havia perdido seu marido e enfrentava dificuldades para criar seus dois filhos. Nitiren Daishonin escreveu-lhe a fim de encorajá-la, afirmando que os seguidores do Sutra de Lótus vivem como se estivessem em meio a um inverno, mas que essa situação infalivelmente se transforma em primavera. Quatro anos antes, Daishonin havia sido alvo da Perseguição de Tatsunokuti e fora exilado na Ilha de Sado. Esses fatos culminaram na cruel investida contra os seguidores de Daishonin em Kamakura. Entre eles, estavam Myoiti e o seu marido, que tiveram as terras confiscadas. No entanto, o casal persistiu resolutamente na prática da fé do Sutra de Lótus como genuínos discípulos. Infelizmente, a morte do marido de Myoiti ocorreu antes de Daishonin ser libertado do exílio. A ela coube criar dois filhos, um dos quais estava doente. Ela própria se encontrava com a saúde extremamente debilitada. Mesmo em meio às circunstâncias tão adversas, ela continuou prestando um sincero apoio a Daishonin. Enviou, por exemplo, um serviçal para ajudá-lo durante a permanência dele tanto em Sado como em Minobu. Ultrapassar o rigor do inverno Para celebrarmos a chegada da primavera, precisamos antes ultrapassar o inverno. Do ponto de vista da prática budista, a conquista da felicidade é uma luta da transformação do carma e da superação de inúmeros desafios. As provações do rigor do inverno são necessárias para se alcançar uma brilhante primavera com base na fé. O inverno se transforma em primavera, não em outono — eis um princípio imutável da natureza. Do mesmo modo, aqueles que praticam a Lei Mística atingirão o estado de Buda e não permanecerão no estado ilusório de mortal comum. Este é um princípio universal da vida. O essencial é compreender que o que torna genuína a alegria da primavera é justamente o rigor do inverno que a precede. Somente quando superamos as provações do inverno por meio do poder da fé conseguimos desfrutar a primavera de triunfo. Quando resistimos e superamos as dificuldades do inverno e saímos vitoriosos por meio da prática budista, podemos fazer com que as flores brilhantes da vitória se abram radiantes em nossa vida. Se, em meio ao rigor do frio, deixarmos de lutar ou de avançar na fé, terminaremos com resultados incompletos. A chave para a nossa vitória encontra-se na intensidade e na paixão com que nos desafiamos no inverno, na sabedoria que manifestamos nesse período, e em quão significativamente vivemos cada dia com a convicção de que a primavera chegará sem falta. Ter fé é avançar tanto na primavera como no inverno Ter fé no Sutra de Lótus significa avançar pelo caminho do inverno de adversidades. Quando enfrentamos a árdua tarefa de transformar nosso carma, podemos celebrar a chegada da primavera e edificar a boa sorte e a felicidade em nossa vida. Não nos esquivemos, portanto, do rigor do inverno. Se tivermos a coragem de enfrentar os desafios do frio, poderemos avançar ilimitadamente rumo à esplêndida primavera que é a consecução do estado de Buda e do Kossen-rufu. O presidente Ikeda nos orienta para repetirmos constantemente a ação de transformar o “inverno em primavera”, pois o ato de lamentar está fortemente enraizado em nossa vida de mortal comum. Por meio dos constantes esforços para transformar o inverno em primavera, somos capazes de elevar a condição de vida de mortal comum em direção a uma vida baseada na sabedoria do Buda. O fundamental é que nosso avanço se baseie na recitação de Daimoku, tanto em momentos de sofrimento como nos de alegria. Se agirmos assim em tempos de dificuldade, encontraremos a sabedoria necessária para transformar o veneno em remédio, e nos momentos felizes, avançaremos com otimismo e esperança ainda maiores. Escrito por BRASIL SEIKYO, EDIÇÃO Nº 1996

FRASES BUDISTAS

FUNÇÕES PROTETORAS DO UNIVERSO - SHOTEN- ZENJIN

Hoje posto uma matéria bastante interessante e esclarecedora, que foi publicada no Jornal Brasil Seikyo, sobre as Funções Protetoras do Universo, uma dúvida muito comum entre praticantes e leigos.


Pergunta: Qual é o significado de funções protetoras do Universo exposto no budismo?

Resposta: Conhecido também como “deuses budistas”, “divindades celestiais” ou “deuses protetores” entre outros, refere-se às funções que protegem os ensinos corretos do budismo e os seus praticantes. Elas beneficiam tanto as pessoas como os locais onde habitam, proporcionando-lhes boa sorte.
Literalmente, o termo em japonês shoten zenjin significa “deuses celestiais e divindades benevolentes” e engloba todos os tipos de divindades tais como o Brahma (Bonten), Shakra (Taishaku), os quatro reis celestiais1, a Deusa do Sol, os deuses do sol e da lua e várias outras. A maioria destas divindades eram tradicionalmente reverenciadas na antiga Índia, China e Japão. Tais divindades passaram a fazer parte do pensamento budista à medida que o budismo se desenvolvia e florescia nessas regiões.
Cabe ressaltar, porém, que a visão budista em relação a essas divindades não é absolutamente no sentido de objeto primário para a crença ou devoção, mas sim de funções de suporte e de proteção à Lei, aos ensinos budistas e aos seus praticantes.
O primeiro capítulo do Sutra de Lótus de Sakyamuni descreve uma cena em que os deuses celestiais reúnem-se para ouvir a pregação do sutra pelo Buda. No décimo quarto capítulo, “Práticas Pacíficas”, contém uma passagem em que os deuses celestiais se comprometem a viver dia e noite pela causa da Lei e a defender e proteger constantemente todos aqueles que praticam fielmente os ensinos dos sutras. Assim, no Sutra de Lótus, as divindades celestiais são vistas como aquelas que protegem os que abraçam este sutra.
O Buda Nitiren Daishonin também se refere aos ‘deuses budistas’ exatamente neste sentido de protetores da Lei e de seus seguidores. No escrito “Abertura dos Olhos” consta a seguinte passagem: “Em conseqüência disso, a Deusa do Sol, o Deus Hatiman, o rei das Montanhas do Monte Hiei e outras grandes divindades benevolentes que protegem a nação, não podendo mais desfrutar o verdadeiro ensino, partiram da nação”. (Os Escritos de Nitiren Daishonin, vol. IV, pág. 26.) No escrito “Tratamento da Doença” consta: “Como resultado, os deuses que guardam os verdadeiros ensinos, tais como Bonten (Brahma) e Taishaku (Shakra), os deuses do sol e da lua e os quatro reis celestiais punem o país, e os três perigos e sete calamidades ocorrem em escala sem precedentes”. (As Escrituras de Nitiren Daishonin, vol. I, pág. 226.)


Pergunta: Em termos práticos, como podemos obter a proteção dessas funções protetoras do Universo?
Resposta: Nitiren Daishonin, o verdadeiro Buda dos Últimos Dias da Lei, revelou a lei do Nam-myoho-rengue-kyo e inscreveu o objeto de devoção, o Gohonzon, para que todas as pessoas pudessem manifestar o estado de Buda inerente à sua própria vida. Assim, ensinou o caminho para que qualquer pessoa, independentemente da raça, classe social ou nível de escolaridade, possa evidenciar a verdadeira felicidade do interior de sua própria vida e que não dependa de fatores externos. Para as pessoas que praticam corretamente este budismo, as funções protetoras do Universo ou os deuses budistas agem de alguma forma no sentido de protegê-las. Ou, em uma análise mais aprofundada, pode-se dizer que a verdadeira prática do budismo deve ser conduzida de forma a refletir na vida diária atitudes e ações que resultem na proteção destas funções.
Fonte: Brasil Seikyo, edição nº 1840, 22/04/2006, página A8

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"Qualquer que seja a dificuldade, esforce-se pacientemente até obter resultados. Jamais perca a esperança. Saiba o tempo que está vivendo, saiba criar novos tempos e saiba esperar o tempo adequado. Com toda a certeza surgirá o tempo oportuno para a vitória."
Daisaku Ikeda